Publicado em 15 de abril de 2025
Fertilidade
Reserva ovariana é o termo utilizado para definir a quantidade de folículos que armazenam os óvulos, existente no ovário.
A cada menstruação, a mulher gasta até mil óvulos para que um deles amadureça e seja liberado para ser, possivelmente, fertilizado. Com o envelhecimento, tanto a quantidade quanto a qualidade dos óvulos diminuem, dificultando a gestação.
Como a mulher já nasce com o seu estoque de óvulos para utilizar durante toda sua vida fértil, é importante que a mulher que deseja ter filhos acompanhe a sua reserva ovariana.
Número de óvulos ao longo da vida
Feto feminino: 6 a 7 milhões de óvulos
Puberdade: 300 a 500 mil óvulos
Aos 25 anos: cerca de 65 mil
Vida reprodutiva: de 400 a 500 óvulos serão selecionados para serem ovulados
Como investigar a reserva ovariana?
Atualmente, além da idade, existem técnicas que permitem avaliar de modo mais preciso a reserva ovariana de cada mulher. Para essa investigação, são realizados exames de sangue específicos e também de imagem.
De acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), o teste mais confiável para estimativa da reserva ovariana é o hormônio anti-mulleriano (AMH), uma substância produzida pelas células dos ovários responsáveis por controlar o desenvolvimento dos folículos.
Além dele, a contagem dos folículos Antrais (CFA) também colabora nessa análise aprofundada da reserva feminina. Ambos são considerados os exames mais precisos na atualidade.
4 marcadores que ajudam a investigar a reserva ovariana:
- dosagem de FSH (hormônio folículo estimulante) no sangue: quanto mais alto, menor a reserva ovariana;
- dosagem de hormônio anti-mulleriano no sangue: quanto menor, menor a reserva ovariana;
- contagem de folículos ovarianos quando a mulher está perto da menstruação: quanto maior o número, maior a reserva ovariana;
- dosagem de inibina B: semelhantemente ao hormônio antimülleriano, quanto menor, menor a reserva ovariana.
Vale lembrar que, embora a reserva ovariana seja considerada o principal marcador da fertilidade da mulher, a presença de poucos óvulos dificulta a gravidez, mas não é um impedimento absoluto.
A avaliação também indica o estado do funcionamento ovariano naquele momento e, conforme recomenda a Febrasgo, não pode ser parâmetro para inferências relativas ao futuro reprodutivo a médio e longo prazo.
Fontes:
1. Drauzio Varella. Se quiser engravidar, é importante avaliar sua reserva ovariana. Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br/mulher-2/se-quiser-engravidar-e-importante-avaliar-sua-reserva-ovariana/
2. Terra. Mulher já nasce com número de óvulos para vida toda; entenda. Disponível em: https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/fertilidade/mulher-ja-nasce-com-numero-de-ovulos-para-vida-toda-entenda,f701b467db1393dfb5130d358329c6e6zw90ejog.html
3. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). Reserva ovariana – quando e como investigar? Disponível: https://www.febrasgo.org.br/pt/noticias/item/390-reserva-ovariana-quando-e-como-investigar
4. Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM). Um pouco mais sobre a reserva ovariana. Disponível: https://www.spdm.org.br/blogs/reproducao-humana/item/1323-14um-pouco-mais-sobre-a-reserva-ovariana
Este material informativo não substitui a conversa com um médico, pois apenas esse profissional poderá orientá-lo(a) sobre a prevenção de doenças e o uso adequado de medicamentos. Não tome nenhum medicamento sem ter recebido orientação médica.
BR-ELO-110043 PRODUZIDO EM JUNHO/2022 VÁLIDO POR 1 ANO