Quando congelar óvulos?

Publicado em 15 de abril de 2025
Fertilidade

A maternidade tardia está cada vez mais comum. Em 20 anos, a gravidez após os 35 anos cresceu 65% no Brasil. E para adiar a gestação ou garantir a liberdade de escolha de decidir, no futuro, se deseja ou não ter filhos, planejar a gravidez é fundamental.

Mas quando congelar óvulos deve começar a ser levado em consideração? O congelamento de óvulos é uma alternativa viável para mulheres que estão na faixa dos 30 anos ou mais e não tem a gravidez como prioridade para os próximos anos.

O objetivo principal do procedimento é preservar os óvulos em uma idade em que eles estão saudáveis, por isso a recomendação da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) é que seja feito até os 35 anos.

O impacto da idade na fertilidade da mulher

Diferente dos homens que produzem seus espermatozoides ao longo da vida, a mulher nasce com todo o seu estoque de óvulos, que vão desaparecendo antes mesmo de iniciar a puberdade.

Essa diminuição da quantidade de óvulos é um processo natural e, quando a mulher chega à menopausa, já perdeu praticamente todo o seu estoque e não engravida mais naturalmente. Este esgotamento da reserva ovariana e a qualidade dos óvulos são os principais fatores na redução das chances de gravidez com o avançar da idade.

Estima-se que, aos 25 anos, uma mulher tem 25% de chance de engravidar por mês. Essa porcentagem começa a diminuir entre 33 e 34 anos e, aos 40 anos, a chance de engravidar é menor que 5% por mês.

De acordo com estudo da Rede Latino-Americana de Reprodução Assistida (Redlara), 53,6% das mulheres acima de 42 anos precisam de óvulos doados para dar à luz.

Para quem o congelamento de óvulos é indicado?

O desejo de focar na vida profissional, conquistar estabilidade financeira ou o fato de ainda não ter encontrado o parceiro ideal estão entre as razões das mulheres adiarem a gravidez e optarem pelo congelamento de óvulos como forma de preservar a sua fertilidade.

O método também é indicado quando:

– a mulher irá passar por um tratamento de câncer ou de outra doença que pode afetar as chances de gestação;

– a mulher for submetida ao tratamento de uma doença autoimune que possa comprometer a reserva ovariana;

– a mulher tem problemas no aparelho reprodutivo, que exigem a retirada dos ovários;

– a mulher tem histórico de menopausa precoce na família.

Fontes:

  1. Levantamento do Núcleo de Inteligência da Folha a partir de dados do Ministério da Saúde. Disponível: https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2019/01/em-20-anos-gravidez-apos-os-35-anos-cresce-65-no-brasil.shtml
  2. Hospital Sírio-Libanês. Conheça as causas da infertilidade na mulher. Disponível: https://hospitalsiriolibanes.org.br/blog/acontecenosiriolibanes/causas-da-infertilidade-na-mulher
  3. Associação Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA). Mulheres acima de 42 anos têm menos de 5% de chances de dar à luz, aponta estudo. Disponível: https://sbra.com.br/noticias/mulheres-acima-de-42-anos-tem-menos-de-5-de-chances-de-dar-a-luz-aponta-estudo/
  4. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). Planejar a maternidade é saudável. Disponível: https://www.febrasgo.org.br/pt/noticias/item/195-planejar-a-maternidade-e-saudavel
  5. Veja Saúde. https://saude.abril.com.br/medicina/qual-e-o-melhor-momento-para-congelar-ovulos-e-postergar-a-gravidez/

Este material informativo não substitui a conversa com um médico, pois apenas esse profissional poderá orientá-lo(a) sobre a prevenção de doenças e o uso adequado de medicamentos. Não tome nenhum medicamento sem ter recebido orientação médica.

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