Infertilidade do Casal

Publicado em 15 de abril de 2025
Fertilidade

Alcançar uma gravidez depende da fertilidade do homem e da mulher, por isso, é muito importante que se faça a avaliação dos dois parceiros. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 20% da população mundial já recebeu o diagnóstico de infertilidade – caracterizada como ausência de gravidez após 01 ano ou mais de relações sexuais regulares e desprotegidas.

Nos casos em que a mulher possui mais de 35 anos ou o casal já possui algum outro fator de risco conhecido, recomenda-se iniciar a investigação a partir de 6 meses de tentativas.

A avaliação de casal infértil consiste na realização de uma série de exames e testes tanto pelas mulheres quanto pelos homens (visto que em até metade dos casos podemos ter os dois fatores associados) com o objetivo de descobrir o motivo pelo qual o casal não consegue engravidar. Na maioria dos casos, a infertilidade pode ser tratada com sucesso, mesmo que nenhuma causa específica seja descoberta.

Homens

A infertilidade masculina como causa primária, ou associada, ocorre em aproximadamente 30% dos casos de infertilidade. Os principais fatores relacionados à infertilidade masculina são: causas genéticas, hábitos inadequados de vida, doenças como varicocele, cirurgias prévias, infecções, entre outros.

Para que um homem seja considerado fértil, a produção de espermatozoides pelos testículos deve ser adequada, tanto em quantidade de gametas quanto em qualidade. Por isso, em homens, a avaliação é obrigatória e definida pela análise da história clínica, do exame físico, da avaliação do sêmen e do perfil hormonal. Na história clínica o homem deve-se investigar seus hábitos de vida (se faz uso de bebidas alcoólicas, cigarro, uso de anabolizantes e/ou outras drogas), além de aspectos relacionados à atividade profissional e exposição a agentes externos (radiação, calor, pesticidas, metais pesados), problemas clínicos e cirúrgicos.

Mulheres

Para uma mulher ser fértil, a ovulação deve ser periódica e seu sistema reprodutivo deve permitir que os óvulos e espermatozoides se encontrem.

Em cerca de 30 a 40% dos casos o fator associado à infertilidade é exclusivamente feminino. As causas de infertilidade feminina podem ser várias e necessitam de investigação cuidadosa por um especialista.

Entre os principais fatores que podem levar à infertilidade feminina destacam-se: endometriose, insuficiência ovariana, idade, presença de alterações como miomas e Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP), fatores uterinos e ovulatórios, hábitos de vida, entre outros.

Na investigação, consideramos a idade da paciente, o tempo de infertilidade, antecedentes menstruais, sexuais e obstétricos, além de antecedentes clínicos e cirúrgicos. Pesquisamos também hábitos de vida e os relacionados ao meio ambiente. Os antecedentes de abortos provocados ou infecção genital prévia também são importantes para identificar algumas causas de infertilidade. O exame físico envolve a avaliação de parâmetros como peso, altura e índice de massa corpórea e o exame ginecológico completo, com avaliação das mamas e do aparelho genital. Em seguida, o médico pode solicitar alguns exames diagnósticos.

Ao identificar uma dificuldade em engravidar, o casal deve buscar por um especialista em reprodução humana para que os exames diagnósticos necessários sejam realizados e interpretados adequadamente. O primeiro passo é fazer uma avaliação do casal infértil para, em seguida, iniciar o tratamento adequado.

Em geral, cada fator de infertilidade responde melhor a uma técnica de reprodução humana diferente, que deverá ser escolhida pelo médico, em conjunto com o casal que pretende engravidar.

BIBLIOGRAFIA:

– Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO); 2018. (Protocolo FEBRASGO

– Ginecologia, no. 32/ Comissão Nacional Especializada em Endometriose). – Medicina Reprodutiva.- Tratado de Reprodução Humana Assistida.

– SPEROFF, Leon. GLASS, Robert H. KASE, Nathan G. Endocrinologia Ginecológica Clínica e Infertilidade. São Paulo

Este material informativo não substitui a conversa com um médico, pois apenas esse profissional poderá orientá-lo(a) sobre a prevenção de doenças e o uso adequado de medicamentos. Não tome nenhum medicamento sem ter recebido orientação médica.

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