Publicado em 15 de abril de 2025
FertilidadeMuitas pessoas confundem a inseminação artificial (IA) com fertilização in vitro (FIV). Mas você sabia que elas são técnicas de reprodução assistida completamente diferentes?
Na inseminação artificial o sêmen é introduzido diretamente no útero da mulher, no dia da ovulação. Na FIV, por sua vez, a paciente também é estimulada a ovular, mas o contato do sêmen com o óvulo ocorre fora do organismo da mulher, em laboratório.
Na FIV clássica, esse contato entre sêmen e óvulo ocorre de forma natural, ou seja, não existe a manipulação do embriologista.
Porém, é possível realizar uma injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI), isso é, injetar o espermatozoide dentro do óvulo com uma agulha.
Este procedimento pode ser indicado caso o homem apresente uma baixa contagem de espermatozoides, forma ou motilidade anormal ou se os espermatozoides tiverem que ser coletados cirurgicamente (por exemplo, em caso de vasectomia).
Após a fertilização, este embrião é transferido para a cavidade uterina da mulher, onde irá se implantar para dar sequência à gravidez. A quantidade de embriões colocados no útero da mulher pode variar de acordo com a idade. O recomendado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) é:
- Mulheres com até 35 anos: até 2 embriões;
- Mulheres entre 36 e 39 anos: até 3 embriões;
- Mulheres com 40 anos ou mais: até 4 embriões.
Na fertilização in vitro não é permitida a escolha do sexo do bebê ou qualquer outra característica genética. O que pode ser realizado é um diagnóstico genético pré-implantacional, ou seja, um estudo para identificar propensão a algumas doenças graves, antes de implantar o embrião.